Depois de alguns dias, Paulo disse a Barnabé: “Vamos
voltar e visitar todos os nossos amigos em cada uma das cidades que pregamos a
Palavra de Deus. Vamos ver como eles estão” (Atos 15.36 – MSG).
Posso imaginar Paulo fechando a sua agenda de
compromissos, guardando-a em uma das gavetas da mesa de seu escritório e
falando para Barnabé arrumar as malas para uma nova viagem. Não mais uma viagem
missionária, ou para fundar outra igreja na Ásia, mas sim para visitar os amigos
que os dois haviam feito nas viagens anteriores.
Impressiona-me a atitude de Paulo e de Barnabé: interromperam o que estavam fazendo para investir tempo, dinheiro e sua vida em uma
viagem para rever os amigos.
Nesse único versículo, posso observar quatro atitudes, que
devemos prezar, para com os amigos que
fizemos.
Primeiro: Eles
voltaram. Não se esqueceram das pessoas que o Senhor havia colocado em sua
vida. Muitas desses irmãos os acolheram, ajudaram, alimentaram e os supriram em
meio às necessidades. Agora eles estavam voltando para revê-los, dar mais um
abraço, lembrar dos bons e dos maus momentos e orar juntos
Segundo: Eles
tinham vários amigos. É interessante observar que o círculo de amizades
deles não estava limitado a só um grupo de pessoas ou só em um lugar, mas sim relacionamentos
diversos e em várias cidades.
Terceiro: A Palavra
de Deus forma elos de amizades. Quando entregamos a vida a Jesus e passamos
a frequentar a igreja, o nosso círculo de relacionamentos e amizades cresce. É
muito comum ouvir dos irmãos que, a partir do momento que passaram a se
envolver na igreja, conheceram novas pessoas e fizeram amizades.
Quarto: Vamos ver
como eles estão. Paulo e Barnabé se importavam com os com os amigos. Para
eles, saber como seus irmãos estavam era
tão importante a ponto de deixarem um
pouco as suas atividades para ir ao
encontro dos velhos amigos. As amizades de Paulo e de Barnabé não se limitavam ao
Facebook; eram relacionamentos pessoais
e laços duradouros.
Hoje, embora tenhamos vários recursos tecnológicos a
nosso favor, vivemos de maneira isolada e impessoal. É bem mais fácil enviar um
e.mail ou conversar pelas vias hightec do
que deslocar-se para ver como o nosso amigo realmente está. Não há nada de mal
em usarmos esses recursos, mas há momentos
em que nada pode substituir um abraço ou
ouvir o nosso amigo, conversar, saber de suas necessidades e de suas
conquistas, pessoalmente.
É muito bom ter amigos. É muito bom (re)encontrá-los.
Autoria do Texto: Carlos Barabás
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