Quando digo que o
Papai Noel ainda vai encontrar o Coelhinho da Páscoa, não é exagero.
Semana passada, após
o carnaval, já no final do mês de fevereiro, com “quem” dou de cara no
supermercado? Com os dois! Lá estavam eles, frente a frente, em destaque na principal
fileira do mercado : o panetone e o ovo
de Páscoa, um encarando o outro.
É claro que o
panetone estava em desvantagem, sendo vendido ou oferecido em uma promoção de
leve 2 pague 1, enquanto o ovo de Páscoa era a bola, ou o ovo da vez.
Incrível perceber
como o as estratégias de vendas ligadas ao consumo têm o poder de unir datas
tão importantes e significativas, sem levar em conta o valor real que tais
datas representam.
Estica-se ao máximo
uma data passada, o Natal, e puxa-se do outro lado uma comemoração que ainda
está por vir, a Páscoa. Não se pode perder nada. O que encontramos? Vendas.
Vende-se o que já se passou, vende-se o que está por vir..
Dizem por ai que o
sindicato dos coelhinhos da Páscoa fez uma boa proposta ao papai Noel para
substituir as renas por coelhos. Eles já estão fazendo aula de pilotagem. O
pensamento é: “Se rena voa, coelho
também pode voar”. Eles, os coelhos, desejam assumir esse mercado.
Assim todos saem
ganhando. Menos as renas, é claro, que terão que encontrar outro nicho. Quem
sabe o dia das crianças? Sem falar que o Polo Norte é um ótimo lugar para
estocar os ovos de chocolate. Lá, eles não derretem.
A notícia seria dada
no começo de março, mas com a renúncia do Papa, o pessoal do marketing achou melhor adiar o anúncio
para daqui a algumas semanas.
Sendo assim, inicia-se
a fusão do Papai Noel com o Coelhinho da Páscoa, formando a noelcoa.
Autoria do Texto: Carlos Barabás
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