terça-feira, 14 de maio de 2013

De volta



“Dê a minha parte”, pediu ao pai.
Desejava a herança.
Arrumou tudo o que tinha.
Partiu para um lugar distante.
Longe do pai.
Longe de casa.

“Tenho tudo! Sou livre!”
Viveu só para si.
Satisfez seus desejos.
Perdeu o dinheiro.
Gastou o coração.
Acordou sozinho.

“Não tenho mais nada.”
Sem comida. Com fome.
Sem dinheiro. Com necessidades.
Sem o pai. Com ninguém.
Tormentos de dia.
Pesadelos à noite.

“Preciso trabalhar.”
Do impuro foi cuidar.
Com ele ninguém se importava.
A fome o atormentava.
A solidão era sua companheira.
Lembranças...

“Voltarei e serei um empregado do meu pai.”
Pecou contra Deus. Feriu o coração do pai.
Mãos vazias. Nada que pudesse levar.
Partiu para um lugar conhecido.
Perto do pai.
De volta para casa.

“Lá está o meu pai! Correndo em minha direção!”
O pai reconheceu o irreconhecível.
Abraços, beijos, roupas novas, pés calçados!
Deu-lhe dignidade. E uma festa preparou.
O filho, sua herança gastou.
O pai, sua herança recobrou.


Texto de Carlos Barabás 
A parábola do filho pródigo em versos
Lucas 15

Um comentário:

  1. É nosso Pai é assim.. Glória a Deus por isso!!!
    Obrigada pastor Carlos

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