Minha história não é diferente da de muitos outros, nem mesmo no que se refere ao seu começo.
Como todos os outros, comecei cedo e, infelizmente, o exemplo veio de casa. Isso mesmo, no meio da minha família, daqueles que deveriam me proteger e zelar por minha integridade física, moral e emocional.
Passei a adolescência e a juventude enfrentando a mesma dependência e, cada vez, me tornava mais escravo dessa droga.
Procurei ajuda. Foi em vão.
A saída que me ofereceram era dispendiosa tanto para mim como para minha família.
Por pouco tempo da minha vida adulta consegui me abster mas, com o decorrer do tempo, acabei cedendo novamente.
O que dizem é verdadeiro: “a volta é bem pior”. Fui tido como fraco, mas é fácil falar quando se está olhando de fora para dentro. Só quem está dentro sabe do que realmente estou falando.
Fiz longas viagens, em algumas delas até apaguei e, não fossem os companheiros que também fazem uso da mesma maldição, talvez nem voltasse.
Quando você é usuário, não importa a hora, o “bagulho” vai te pegar de jeito.
As manhãs eram os piores momentos do dia. Sentia minha cabeça fora do corpo, cada parte de mim gritava por socorro em meio às pressões e agressões que essa droga oferece. No entanto, cada vez mais, você precisa dela. Não importa se é dia ou noite, frio ou calor, sol ou chuva.
Conformei-me a ser um usuário no meio de tantos outros.
Já vi pessoas brigando, outras totalmente perdidas procurando por ajuda e muitas tentando sair por conta própria. Algumas se conformam e fazem uso até o final da vida, muito triste.
O governo faz vista grossa ao problema. As campanhas são paliativas e o investimento, pequeno, perto da demanda que o assunto merece.
Tenho vergonha de chegar em casa após usar.
A sensação de que no próximo dia tudo aquilo me atormentará novamente é capaz de tirar o sono.
Tenho vergonha de falar quantas vezes uso para os amigos que não conhecem e não entendem o se passa quando se está dentro dela.
Com muita vergonha confesso que sou usuário do transporte público. Utilizo os ônibus e metrô dessa cidade.
São Paulo cresceu, mas os meios de transporte não acompanharam ol crescimento, e acabaram por se tornar a droga desse infeliz e condenado usuário.
Como muitos outros usuários que também precisam viajar longas horas, enfrento a minha luta diária pensando que, algum dia, medidas melhores serão tomadas por parte dos responsáveis e, então, serei livre dos meus tormentos.
Autoria do texto: Carlos Barabás
Bem vindo ao Blog Uma Semente de Fé. Aqui você encontrará estudos, mensagens, histórias, crônicas e testemunhos relacionados à Palavra de Deus. Boa leitura e bom estudo.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
A Graça
Graça
da parte de Deus.
Graça
no amar, no falar,
em
perdoar.
Graça
que pode ser vista,
que
transborda.
Há Graça na cruz.
Misericórdia
que se revela na Graça,
que
estende as mãos.
Graça
em um gesto, em um olhar.
Salvos
pela Graça.
Graça
que abraça,
A
Sua Graça nos basta,
ela
é uma riqueza,
um
presente de Deus.
Quem
a conhece sabe sorrir,
sabe
viver e sabe cantar.
Há
graça na Graça.
Graça
que traz consolação,
esperança
e nos dá forças.
Ela
é libertadora, eterna
e
nos torna justos.
Cantada,
escrita e vivida.
Maravilhosa
Graça de Jesus.
A
Graça é para todos
os
que amam a Cristo.
Graça
da parte de Deus
e
do nosso Senhor Jesus Cristo.
Graça e paz!
Autoria do poema: Carlos Barabás
Autoria do poema: Carlos Barabás
sexta-feira, 11 de maio de 2012
É muito difícil entender as mães
Ouça e acompanhe a crônica.
Ela fala: “Vai logo” e, na mesma frase, ”volta
logo”. “Anda; pára. Sobe lá; desce aqui. Fica sentado; levanta”.
Vai entender lá o que querem
essas mães...
As mães sabem usar as palavras.
Usam algumas palavras chaves e formam expressões para transmitir o que desejam.
No meio de um universo de
expressões, algumas palavras se destacam no dia a dia.
Expressões que contêm a
palavra “tudo”:
Come tudo.
Lava tudo.
Limpa tudo.
Recolhe tudo.
Expressões que contêm a
palavra “pára”:
Pára já.
Pára de amolar.
Pára de provocar seus
irmãos.
Pára de chorar.
Pára de ver tv.
Expressões que contêm a
palavra “agora”:
Vai pro banho agora.
Vem prá mesa agora.
Vai prá cama agora.
Faz isso agora.
Expressões que contêm a
palavra “vezes”:
Quantas vezes eu já pedi
para você fazer isso?
Quantas vezes vou ter que
repetir isso para você?
Cansei de contar quantas
vezes eu te avisei.
Expressões que contêm a
palavra “isso” (uma das palavras mais usadas por elas, que se encaixa em
qualquer situação):
Faz isso.
Não faz isso.
O que é isso?
O que é isso no seu rosto?
O que é isso no seu cabelo?
O que é isso no seu dente?
O que é isso no seu boletim?
O que é isso no banco do carro?
Sem falar das expressões:
“você já fez...? você já foi..? você já viu...?”
Mãe é assim, e não dá para
mudar. Se mudar, estraga.
Tem mãe que fala mais, tem
mãe que fala um pouco menos (conheço poucas). Que bom que usam as palavras para
nos ajudar, proteger e alertar!
Tenho certeza que nessa
semana a sua mãe está querendo dizer algo para você (se é que já não disse): “O
que você comprou prá mim?”.
Texto de autoria de Carlos
Barabás, narrado por Renata Barabás Pascarelli.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Mãe
Ser
mãe é ter um chamado divino, é sagrado, é algo muito sublime.
Em
seu interior, um ser é formado. Ela dá a luz e traz uma vida à existência.
Há
um grande mistério em ser mãe. Você sai de seu útero para nunca mais voltar e
entra em seu coração para de lá nunca mais sair.
Tem
mãe que não gerou no útero, mas no coração. Tem
“mãe” que gerou no útero, mas não no coração.
Mãe
gosta de pegar o filho no colo e trazê-lo para bem perto do coração. Lugar de
filho é no coração da mãe.
Mãe
dorme pouco e se preocupa muito.
Ela
sabe de tudo o que o filho gosta e não mede esforços para dar a ele o que
necessita.
Ela
se doa e sonha com o futuro dele.
Está
sempre protegendo, mesmo que seja do frio.
Ela
dá um cheiro e um beijo.
Orgulha-se
das pequenas coisas que o filho faz.
Para
a mãe, o filho é sempre pequeno, nunca irá crescer.
Mãe
tem muita paciência, às vezes ela perde, mas logo acha de novo.
Mãe
põe termômetro, dá xarope e leva prá tomar vacina. Mãe que é mãe passa protetor
solar no filho.
Ela
também dá verdura e diz que é preciso comer tudo o que está no prato, mesmo
quando o filho já tem seus próprios filhos.
Mãe
é ciumenta e nunca acredita quando alguém diz que o filho é bagunceiro. “Meu
filho? Ah! Imagina...”, ela diz.
Mãe
é coruja, é leoa e galinha (no bom sentido, é claro!)
Mãe
aperta a bochecha do filho enquanto o penteia.
Nunca
fica sossegada na praia ou perto da piscina.
Mãe
custa a dormir enquanto o filho não chega em casa.
Para
a mãe, nenhuma mulher está à altura do seu filho, nem existe homem algum que
mereça a sua filha.
Mãe
gosta de repetir as ordens que deu, quinhentas mil vezes, mesmo que o filho já
as tenha entendido na primeira vez.
Tem
mãe que não se contenta em ser mãe só de seus filhos; é a mãezona, quer ser mãe
de todo mundo.
Existe
mãe que perdeu o filho, mas nunca o perdeu em seu coração.
Mãe
é forte, mas é delicada. Não se cansa, mas precisa de descanso.
Sorri,
mas também chora.
Ser
mãe é um trabalho que não tem fim.
Colo
de mãe é o melhor remédio.
Mãe
cuida, ampara e protege.
É
muito difícil esconder algo da mãe, ela descobre tudo.
A
mãe nunca abandona seu filho, mesmo que ele esteja em um lugar bem fechado, sem
liberdade.
Mãe
fica ao lado do filho no hospital. Tem mãe que empurra cadeira de rodas, que se sacrifica pelo filho.
Ela
passa frio e fome para que o filho não passe.
Mãe
deve ser aplaudida todo dia, não com as mãos, mas com o coração.
Mãe
merece a música mais bonita, o lugar mais alto no pódio, uma
estátua em sua homenagem, pétalas lançadas do céu, uma
queima de fogos... Mas ela troca tudo isso, só para ouvir de você: “Eu também
te amo, mãe”.
Isso
para ela é o mais importante: o seu amor.
Autoria
do texto: Carlos Barabás
Mãe de Carlos Barabás é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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