terça-feira, 8 de maio de 2012

Mãe


   Ser mãe não é tarefa para qualquer um. Não basta apenas nascer mulher para saber ser mãe. Tem muita mulher que não sabe ser mãe.
   Ser mãe é ter um chamado divino, é sagrado, é algo muito sublime.
Em seu interior, um ser é formado. Ela dá a luz e traz uma vida à existência.
  Há um grande mistério em ser mãe. Você sai de seu útero para nunca mais voltar e entra em seu coração para de lá nunca mais sair.
  Tem mãe que não gerou no útero, mas no coração. Tem “mãe” que gerou no útero, mas não no coração.
  Mãe gosta de pegar o filho no colo e trazê-lo para bem perto do coração. Lugar de filho é no coração da mãe.
  Mãe dorme pouco e se preocupa muito.
  Ela sabe de tudo o que o filho gosta e não mede esforços para dar a ele o que necessita.
  Ela se doa e sonha com o futuro dele. 
  Está sempre protegendo, mesmo que seja do frio.
  Ela dá um cheiro e um beijo.
  Orgulha-se das pequenas coisas que o filho faz.
  Para a mãe, o filho é sempre pequeno, nunca irá crescer.
  Mãe tem muita paciência, às vezes ela perde, mas logo acha de novo.
  Mãe põe termômetro, dá xarope e leva prá tomar vacina. Mãe que é mãe passa protetor solar no filho.
  Ela também dá verdura e diz que é preciso comer tudo o que está no prato, mesmo quando o filho já tem seus próprios filhos.
  Mãe é ciumenta e nunca acredita quando alguém diz que o filho é bagunceiro. “Meu filho? Ah! Imagina...”, ela diz.
  Mãe é coruja, é leoa e galinha (no bom sentido, é claro!)
  Mãe aperta a bochecha do filho enquanto o penteia.
  Nunca fica sossegada na praia ou perto da piscina.
  Mãe custa a dormir enquanto o filho não chega em casa.
  Para a mãe, nenhuma mulher está à altura do seu filho, nem existe homem algum que mereça a sua filha.
  Mãe gosta de repetir as ordens que deu, quinhentas mil vezes, mesmo que o filho já as tenha entendido na primeira vez.
  Tem mãe que não se contenta em ser mãe só de seus filhos; é a mãezona, quer ser mãe de todo mundo.
  Existe mãe que perdeu o filho, mas nunca o perdeu em seu coração.
  Mãe é forte, mas é delicada. Não se cansa, mas precisa de descanso.
  Sorri, mas também chora.
  Ser mãe é um trabalho que não tem fim.
  Colo de mãe é o melhor remédio.
  Mãe cuida, ampara e protege.
  É muito difícil esconder algo da mãe, ela descobre tudo.
  A mãe nunca abandona seu filho, mesmo que ele esteja em um lugar bem fechado, sem liberdade.
  Mãe fica ao lado do filho no hospital. Tem mãe que empurra cadeira de rodas, que se sacrifica pelo filho.
  Ela passa frio e fome para que o filho não passe.
  Mãe deve ser aplaudida todo dia, não com as mãos, mas com o coração.
  Mãe merece a música mais bonita, o lugar mais alto no pódio, uma estátua em sua homenagem, pétalas lançadas do céu, uma queima de fogos... Mas ela troca tudo isso, só para ouvir de você: “Eu também te amo, mãe”.
  Isso para ela é o mais importante: o seu amor.

Autoria do texto: Carlos Barabás


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Mãe de Carlos Barabás é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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