terça-feira, 23 de agosto de 2011

Vencendo o medo

     Todos nós já o enfrentamos. Conhecemos as suas garras e o tamanho da sua crueldade. Ele não tem limites. Suas vítimas vão de crianças a idosos, de ricos a pobres. Ele não tem compaixão, está sempre pronto para atacar, a qualquer hora do dia ou da noite, e seus golpes são impiedosos. Medo é o seu nome. Você o conhece?
      Desde a queda do homem, devido ao pecado, o mundo tem sido refém do medo e de tudo aquilo que ele produz: pavor, temor, assombro.
     O medo se apresenta de várias maneiras, possui muitas caras: medo do futuro, medo do escuro, medo da situação econômica, medo de ficar sozinho, medo de fracassar e falir, medo de não ser aceito...Temos até medo de ter medo!
     Não importa o quão forte fisicamente sejamos, quando o medo vem, até os fortões se rendem. Ele é implacável.
     O escritor americano Craig Massey especifica seis categorias gerais de medo enfrentadas por quase todos: medo da pobreza, da crítica, da perda do amor, de doença, da velhice e da morte (When fear threatens, Moody Monthly).
     O mundo vive sob suas ameaças; nós, os filhos de Deus, não precisamos  viver sob o domínio desse tirano porque ele já foi vencido.
     Quando Jesus veio ao mundo, veio para nos trazer Boas Novas do Reino de Deus. Uma das Boas Novas trazida pelo Senhor é a de que a nossa fé em Deus vence o mundo. O apóstolo João declarou essa verdade: “O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1João 5.4). Precisamos saber e viver isso.
     Você consegue encontrar, em algum trecho dos evangelhos, Jesus com medo de algo? Encontramos várias pessoas e, até mesmo os discípulos, com medo, mas Jesus, não.           
    Qualquer que fosse a situação, o Senhor Jesus estava sobre a situação e não sob ela. Fico admirado, pensando naquela noite em que os discípulos estavam tentando lidar com a tempestade no mar  enquanto  Jesus dormia na parte traseira do barco. Isso mesmo, Jesus dormia (Mc 4.36-41).
     Nem a tempestade, nem o balanço do mar, nem a água que entrava no barco foram capazes de tirar o sono dEle. Quando os discípulos O acordaram e Ele viu a situação, não entrou em desespero e foi logo pegando o colete salva-vidas e gritando: “Salve-se quem puder”. Ele se dirigiu diretamente ao problema, à tempestade, e deu uma ordem para que o mar e o vento se acalmassem. Então, ali mesmo no barco, Jesus ensina aos seus discípulos uma valiosa lição sobre como vencer o medo. Ele pergunta aos seus discípulos: “Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?
     Note que Jesus liga a vitória sobre medo ao exercício da fé. E é exatamente isso que devemos fazer nos momentos em que as tempestades sobrevêm: exercer a nossa fé.
     O que é exercer a fé? Exercer a fé é colocar a fé para funcionar, ou seja, praticá-la. Para isso devemos, em primeiro lugar, ter fé em nosso coração. Em Romanos 10.17, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, disse: “Conseqüentemente, a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.
     Não há outra maneira de recebermos fé a não ser ouvindo a Palavra de Deus. Isso não significa somente ouvir; mas ouvir e receber a revelação, a vida que a Palavra de Deus produz. Muitas pessoas ouvem a Palavra de Deus, mas nem todas crescem na fé, porque não recebem a revelação, a luz, a vida da Palavra.  
     Em segundo lugar, para termos uma fé operante, é necessário falar ao problema  a respeito daquilo que você crê. Você notou que Jesus falou à tempestade e ela O ouviu?
     A fé sempre nós levará a fazer algo, porque ela é prática. Nesse caso, Jesus colocou a Sua fé em prática falando. Quando falamos pela fé, não estamos falando por nós mesmos, estamos falando o que Deus fala.
     Se hoje você é uma vítima do medo e está lutando contra ele, ou até mesmo já se rendeu ao medo, a solução para sair das garras desse terrorista é ir para a Palavra, encher o seu coração de fé e ser corajoso para dirigir uma palavra de fé diretamente ao seu problema, qualquer que seja  ele.
                                                                                                                             
“No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1João 4.18).
                                          
Autoria do texto: Pr. Carlos Barabás

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