Oração.
Acredito que esse seja o tema que a Igreja mais tem negligenciado nos últimos
tempos.
Percebo
que, da última década, para ser mais preciso, da virada do século aos dias de
hoje, a Igreja tem orado menos. Digo isso referindo-me aos grupos de oração, que
têm diminuido em número nas igrejas. Não abordarei a questão da oração
individual, particular, mas sim a coletiva.
Orávamos
nas igrejas muito mais do que oramos hoje. Essa é uma realidade que temos que
enfrentar e corrigir.
Na
história da Igreja observamos que sempre que a Igreja deixou de orar, houve um
declínio espiritual. Não será isso o que enfrentamos hoje?
Podemos
ver igrejas cheias, mas não vemos nelas um espírito de oração contagiando o
coração dos cristãos.
Há
uma grande demanda de shows gospel,
cultos, reuniões, encontros, conferências, mas há a carência de reuniões
especificas de oração.
A
intenção desse texto não é criticar lideranças, igrejas ou mesmo arranjar desculpas
para a falta de oração (que existem muitas), mas de lançar uma reflexão a
respeito das mudanças que permitimos em nossa vida espiritual, a tal ponto de
nos afastarmos das reuniões e dos grupos de oração.
No
livro de Atos, vemos a Igreja nascendo em uma reunião de oração. Diariamente se
reuniam e juntos oravam buscando mais a presença e o poder de Deus. A Bíblia
diz, em Atos 2.42, que eles perseveravam na oração. Não havia negligência nem
desculpas. Eles oravam.
A
oração coletiva gera muitos benefícios, não só para a Igreja em si, mas também para
a região, cidade e nação. Quando nos reunimos para orar, há um mover maior do
Espírito Santo sobre o ministério, Deus lança chamados, fortalece a visão da Igreja
e dá direção ao Seu povo.
Preocupo-me
com a nova geração que não tem visto isso nas igrejas. Infelizmente corremos
para oração somente quando enfrentamos grandes problemas e deixamos o principal
motivo de orarmos de lado, que é o de relaciona-se com Deus.
Philip
Yancey, autor que admiro e que me influencia, escreveu: “A principal finalidade
da oração não é tornar a vida mais fácil nem conseguir poderes mágicos, mas
conhecer a Deus. Preciso de Deus mais que de qualquer outra coisa que possa
receber dele” (Oração, ela faz alguma diferença? – Ed. Vida).
Falar
da necessidade da oração para o cristão é como falar para um atleta que ele deve
se alimentar corretamente. É claro que já ele sabe disso. Só que há uma grande
distância entre saber e praticar.
Espero
por um despertamento a respeito desse assunto. Creio que necessitamos urgentemente
de atitude para voltarmos aos encontros de oração.
Autoria
do texto: Carlos Barabás
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