Você já tentou jogar pingue-pongue sozinho ou com alguém
desinteressado pelo jogo? Muito chato. Desanimador.
Damos o saque, mas não há resposta. A bolinha vai, mas
não volta. O outro jogador está totalmente alheio. Não se concentra, deixa a
bolinha fugir.
Por mais que você tente fazer uma boa jogada, do outro
lado da mesa existe um tonto que não o acompanha.
É bem melhor jogar com alguém que não sabe, mas deseja
aprender do que com um adversário que está quase morrendo. Isso irrita, dá nos
nervos!
O próprio nome do jogo sugere a dinâmica proposta – pingue-
pongue– a bolinha vai no pingue, mas
deve voltar no pongue. Assim as jogadas são feitas e o jogo torna-se dinâmico,
disputado e vibrante.
Esse jogo, por incrível que pareça, nos lembra um pouco a
vida. Isso mesmo! Quantas vezes estamos realizando algo, mas não vem a resposta
do outro lado. Você dá o saque, o pingue, e fica esperando o retorno da
bolinha, o pongue, por dias, semanas, meses e até mesmo anos, mas nada acontece.
A raquete cria até teia de aranha de tanto esperar.
Onde está o problema? Acredito que é preciso buscar outro
companheiro que esteja realmente interessado em jogar para que as jogadas
aconteçam à altura da sua expectativa.
Jesus, em seu ministério aqui no mundo, por várias vezes
deu o pingue, mas não obteve o pongue.
Em Nazaré, onde fora criado, pingue! No entanto, não
deram crédito à Sua mensagem e ao Seu poder. Lá não pôde realizar muitos
milagres; nada de pongue.
Os religiosos, que deveriam reconhecer nEle o cumprimento
das promessas, falharam. Também nada de pongue.
Jesus lastimou por Jerusalém não
tê-lO reconhecido como Messias: "Jerusalém, Jerusalém,
você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu
quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das
suas asas, mas vocês não quiseram” (Mateus 23.37). Outra vez, nada de pongue.
Isso também aconteceu com os profetas do Antigo Testamento.
Levaram a Palavra de Deus ao coração do povo para que se arrependessem – pingue
– mas foram desprezados. Sem pongue.
Quantas vezes você e eu temos nos esforçado para cumprir
a visão de Deus, mas obtemos o retorno à
altura das nossas expectativas...
Pingue-pongue. Gosto de jogar. Estou disposto a jogar com
novos companheiros. Quer jogar? Prepare a sua raquete!
Autoria do texto: Carlos Barabás
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