quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quem já se sentiu pressionado levante a mão!


Quem já se sentiu pressionado levante a mão!

Em todos os lugares em que faço essa pergunta, 98% das pessoas levantam as mãos, e os outros 2% não as levantam porque não a entenderam ou estavam distraídos.

Todos nós já enfrentamos momentos de pressões. Somos pressionados diariamente nas mais diversas áreas e assuntos que envolvem a vida.

Crianças, idosos, pobres, ricos, empregados, empresários, líderes de nações e donas de casa. Todos nós enfrentamos e continuaremos a enfrentar pressões.

Existem pressões em casa, na escola, no trabalho, no trânsito, no ministério, nos relacionamentos, nos negócios, no lazer, enfim em tudo.

As pressões podem ser intensas ou aquelas habituais do dia a dia, como: entregar uma tarefa na escola, dirigir no trânsito, chegar na hora a um compromisso, o que fazer para o jantar, entre muitas outras.

Nos momentos em que a pressão é intensa, temos a impressão que ela nos joga contra a parede, encurralando-nos, exigindo uma atitude imediata. 

Temos que aprender a lidar com tais pressões, buscando orientação do Senhor para sabermos o que fazer. As pressões sempre existiram; não é um mal contemporâneo. No Jardim do Éden já encontramos Eva submetida a uma forte pressão por parte de Satanás para derrubá-la.

Na Bíblia encontramos homens e mulheres que foram espremidos sob as forças das pressões. Coloque-se na pele de Abraão, levando Isaque para o sacrifício; na pele de Davi, enfrentando Golias; Daniel, lançado na cova dos leões, dos três que foram jogados na fornalha, de Jesus no Getsemani e da Igreja, em Atos. Sem falar de homens e mulheres na história da Igreja que foram levados aos limites do sofrimento, sendo perseguidos, torturados e até mesmo mortos.

Basta ler Hebreus 11 para termos um panorama daqueles que viveram sob pressões e as venceram pela fé.

Viver sob pressão não significa que Deus está distante ou ausente de nós. Pelo contrário, Ele sabe muito bem o que as pressões significam para o homem. Max Lucado escreveu: “Deus sabe mais sobre a vida do que nós.” (Ele ainda remove pedras). É verdade, o Senhor sabe que passamos por pressões e deseja nos ajudar a vencê-las.

Infelizmente nem todos se saem bem quando pressionados. O Rei Saul é um desses exemplos. No livro de 1Samuel encontramos a história desse primeiro rei de Israel.

Três aspectos importantes ressaltam na vida de Saul, que todos aqueles que amam ao Senhor e desejam fazer a Sua obra também devem ter. Em 1Samuel 10, lemos a respeito disso.

O primeiro é que Saul havia sido ungido (v.1).  Segundo, ele estava cheio do Espírito Santo (v.6) e o terceiro, ele profetizava (v.10).

Isso deve fazer parte da vida de todo cristão. Nós também precisamos da unção de Deus sobre a nossa vida. Devemos buscar desesperadamente a unção de Deus, sermos cheios diariamente do Espírito Santo e profetizarmos a Palavra do Senhor.

Saul tinha tudo isso. Estava começando muito bem. Porém, começar bem não significa terminar bem. Podemos começar algo muito bem, até mesmo o nosso relacionamento com Deus, mas ao longo do tempo, perder o coração e nos desviarmos da Sua vontade.

Nesse mesmo capítulo, o profeta Samuel dá uma ordem a Saul. Leia com atenção o verso abaixo:

“Tu, porém, descerás adiante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ter contigo, para oferecer holocaustos e sacrifícios de ofertas pacíficas. Esperarás sete dias, até que eu vá ter contigo e te declare o que hás de fazer” (1Sm.10.8).

Note que a ordem era, de certa maneira, bem simples. Não havia dificuldades para cumpri-la. Saul só tinha que: 1) ir antes de Samuel; 2) ir para Gilgal; 3) esperá-lo por sete dias; 4) ouvir o que Deus iria declarar.

A ordem de Samuel a Saul consistia em obediência pura e simples. Ouvir o que foi dito e obedecer; não era necessário nada sobrenatural ou algum esforço que fosse além da capacidade de Saul. Observe que Saul deveria ser bem prático. Literalmente, ele tinha que andar, chegar até um determinado lugar e aguardar. Os passos seguintes seriam dados por Deus. 

O Senhor falaria por meio do profeta Samuel a respeito da Sua vontade para Saul.

Em 1Samuel 13 nós chegamos até Gilgal, onde encontramos Saul e o seu exército acampados para enfrentar os filisteus. Até aqui Saul havia obedecido à ordem de Samuel. Porém os problemas começam a aparecer. As pressões começam a espremer o rei.

Saul estava diante de um exército inimigo muito forte e muito bem equipado para a guerra. Os dias estavam passando e nada de Samuel aparecer para declarar a Saul, da parte de Deus, o que deveria ser feito.

Durante esses dias de espera, alguns acontecimentos passaram a pressionar Saul. Os seus soldados começaram a abandoná-lo devido ao medo. Alguns fugiram para as cavernas (1Sm 13.6), outros ficaram, mas estavam tremendo de medo (1Sm13.7) e se dispersaram (1Sm.13.8).

Vendo tudo isso,  pressionado pela situação, no sétimo dia Saul ordenou que lhe trouxessem os holocaustos, e ele mesmo os ofereceu.
Assim como uma fruta espremida solta o seu suco, as pressões, quando nos espremem, revelam o que há dentro de nós.

O “suco” que saiu de Saul revelou o que havia em seu coração: medo, falta de confiança nas palavras de Samuel, ansiedade, entre outras coisas.

Como Saul, nós também erramos muitas vezes. Obedecemos em parte. Vamos até certo ponto, mas quando é necessário esperar e manter o nosso coração firme em confiança naquilo que Deus falou, erramos.

Em meio a um mundo imediatista, desejamos que tudo seja bem rápido, inclusive Deus.

Porém não é assim que as coisas funcionam no mundo espiritual.

O apóstolo Pedro, em sua segunda carta, declarou que a nossa fé deve estar unida à paciência (2Pe.1.5-7).

Cada dia mais temos feito a oração do brasileiro: “Senhor me dê paciência, mas me dê agora!”.

A Bíblia diz: “Mal acabara ele de oferecer o holocausto, eis que chega Samuel;...” (1Sm.13.10)

Eu não acredito em azar, mas Saul... Ele esperou, esperou, esperou e nada de Samuel aparecer. No final do sétimo dia, não acreditando mais que Samuel viria, ofereceu o sacrifício. Que pena!

Fico imaginando Saul abaixando a cabeça, cerrando os olhos,  passando a mão na testa e pensando: O que eu fui fazer?!

Então Samuel, vendo o holocausto oferecido, confronta  Saul. O interessante é observar a resposta de Saul (1Sm 13.12):  “...forçado pelas circunstâncias, ofereci holocausto”.

Com certeza as circunstâncias nos cercam e exigem uma atitude, e que seja rápida.

Saul havia caído nas cruéis garras da pressão e agido por conta própria.

Se Saul tivesse obedecido ao Senhor, teria o seu reino confirmado para sempre. Porém, a desobediência teve um alto custo para o rei (1Sm.13.13,14): ninguém da sua linhagem subiria mais ao trono de Israel.

Como disse anteriormente, volto a repetir: todos nós estamos diariamente submetidos a pressões. Hoje alguns as enfrentam de maneira severa e intensa. O que fazer então?

Como no exemplo do Rei Saul, é muito importante obedecer os passos e esperar Deus falar para saber o que fazer. A fé vem por ouvir a palavra de Deus (Rm 10.17). Se não ouvirmos, não teremos fé e sem fé não teremos a vitória.

Não seja precipitado tomando decisões que sejam concebidas por sua própria mente. Ouça a voz de Deus. Com certeza, Ele tem uma palavra específica para esse momento que você está enfrentando.

Autoria do texto: Carlos Barabás


sábado, 25 de agosto de 2012

Sou Marta ou Maria?

Marta, ocupada com muito serviço;
Maria, sentada aos pés de Jesus, apenas o ouvia.

Marta o recebeu em sua casa;
Maria, em seu coração.

Sou Marta ou Maria?
Faço a obra ou busco o Salvador?

Marta! Marta! Tantas coisas para fazer...
E apenas uma é o que importa.

Você pode parar, Marta
Mas Maria, não.



Autoria de: Carlos Barabás

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um Compromisso Real



Quando o assunto é Igreja, corpo de Cristo, fico bem atento.
Amo a Igreja e luto por ela desesperadamente.
A Igreja é composta pelos filhos de Deus. Não é um edifício de alvenaria. A Igreja de Cristo somos nós.
Porém, existe por parte de muitos uma falta de compromisso real com o seu Senhor, Jesus.
Relendo um livro de John Bevere (O temor do Senhor – Ed.Atos), me deparei com um parágrafo muito interessante que diz:


Se a maioria de nós trabalhasse para nosso patrão do modo como trabalha para Deus, seria despedida na primeira semana.
Vamos olhar o grau de honra que frequentemente damos a Deus. Nós chegamos à igreja com dez minutos de atraso. Sentamos e assistimos ao culto, nunca levantamos o dedo para servir, criticando o tempo todo a liderança e aqueles que servem na igreja. Mantemos uma vigilância constante e desconfiada sobre como o dinheiro está sendo gasto, embora raramente demos nosso próprio dízimo integralmente. Na pressa de comer, saímos antes do final do culto. Assistimos somente aos cultos regulares e ficamos frustrados quando somos convocados para reuniões especiais. Se o clima está ruim, ficamos em casa para evitar atritos. Se o clima está muito agradável, ficamos em casa para desfrutá-lo. Se o nosso programa favorito passar na televisão, perdemos o culto para assisti-lo. Quanto tempo esse nível de desempenho duraria em um local de trabalho?


                                                                                                      
Essa pequena porção escrita por esse homem de Deus nos dá um bom material para reflexão.
Pense nisso.



Autoria do Texto: Carlos Barabás

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Comunhão Virtual


          Estou assustado.

         Assustado mesmo!

         Outro dia ouvi uma irmã dizer que frequenta a igreja pela internet. Isso mesmo, ela não vai mais à igreja, agora participa dos cultos pela internet em casa.
         Como isso é possível?, pensei.
         Ela é capaz de entrar no computador e ter comunhão com os bytes gospel? Não, não é possível frequentar a igreja e participar de um culto pela internet. Podemos acompanhar um culto, receber um excelente estudo, ler maravilhosos textos e artigos, acompanhar os ministérios pela web, mas nada pode substituir a igreja, o corpo de Cristo.
         Daqui a pouco, em vez de receber imposição de mãos dos pastores, estaremos impondo os mouses sobre a nossa cabeça e clicando o botão direito para cura, e o botão esquerdo para prosperidade.
         Eu mesmo acompanho muitos ministérios pela internet e até assisto alguns cultos, mas não caio no conto do vigário de que isso pode me isentar de ir à igreja louvar, adorar, servir a Deus e ter comunhão com os meus irmãos de maneira real; não virtual.
         Com certeza podemos nos beneficiar da tecnologia e, creio que pessoas que realmente não conseguem ir até uma igreja por diversos motivos, possam se aproveitar disso também.
Sem falar da televisão, que é um excelente veículo para o ensino e pregação da Palavra de Deus, mas que também não nos isenta de ir à igreja para adorarmos ao Senhor.
         A sociedade tem passado por diversas mudanças que influenciam a todos, incluindo a igreja, povo de Deus, afastando-nos de valores importantes.

Primeiro: Comodidade. Gostamos das coisas fáceis, que não nos dão trabalho. Podemos assistir o culto em casa, de pijama, o que não é possível na igreja (por enquanto!). O carro fica na garagem e ainda podemos ir até a geladeira enquanto o pastor está orando.

Segundo: Tempo. Temos muitas coisas a fazer. Ir até a igreja gera uma demanda de tempo que não estamos dispostos a gastar.

Terceiro: Isolamento. Eu não preciso me expor, nem ter que cumprimentar quem eu não quero. Em casa estou com quem eu gosto ou, até mesmo, sozinho.

Quarto: Liberdade. Na igreja, se o pastor estiver pregando algo que eu não esteja disposto a ouvir, não me sinto a vontade para levantar e ir embora. Em casa basta acessar outro site para mudar de igreja e de pregador. Assim, ouço o que estou disposto a escutar.
Poderia listar muitos outros motivos que refletem o comportamento dos cristãos nos dias de hoje diante desse tema.

É muito importante compreender a importância da igreja na vida do cristão. Na igreja somos alimentados, acompanhados e ministrados. Se nos isolarmos dela, nos isolamos daquilo que o Senhor planejou, que é estar ligado ao corpo e não fora dele.
Não basta só pertencer a Cristo, devemos também nos ligar à igreja e nela servir ao Senhor com os nossos talentos.


“Quando eles me disseram: ‘Vamos à casa do Eterno!’, meu coração pulou de alegria” (Sl.122.1). (Bíblia em Linguagem Contemporânea)

Autoria do texto: Carlos Barabás