quarta-feira, 10 de abril de 2013

Chamados a Orar



Oração. Acredito que esse seja o tema que a Igreja mais tem negligenciado nos últimos tempos.

Percebo que, da última década, para ser mais preciso, da virada do século aos dias de hoje, a Igreja tem orado menos. Digo isso referindo-me aos grupos de oração, que têm diminuido em número nas igrejas. Não abordarei a questão da oração individual, particular, mas sim a coletiva.

Orávamos nas igrejas muito mais do que oramos hoje. Essa é uma realidade que temos que enfrentar e corrigir.

Na história da Igreja observamos que sempre que a Igreja deixou de orar, houve um declínio espiritual. Não será isso o que enfrentamos hoje?

Podemos ver igrejas cheias, mas não vemos nelas um espírito de oração contagiando o coração dos cristãos.

Há uma grande demanda de shows gospel, cultos, reuniões, encontros, conferências, mas há a carência de reuniões especificas de oração.

A intenção desse texto não é criticar lideranças, igrejas ou mesmo arranjar desculpas para a falta de oração (que existem muitas), mas de lançar uma reflexão a respeito das mudanças que permitimos em nossa vida espiritual, a tal ponto de nos afastarmos das reuniões e dos grupos de oração.

No livro de Atos, vemos a Igreja nascendo em uma reunião de oração. Diariamente se reuniam e juntos oravam buscando mais a presença e o poder de Deus. A Bíblia diz, em Atos 2.42, que eles perseveravam na oração. Não havia negligência nem desculpas. Eles oravam.

A oração coletiva gera muitos benefícios, não só para a Igreja em si, mas também para a região, cidade e nação. Quando nos reunimos para orar, há um mover maior do Espírito Santo sobre o ministério, Deus lança chamados, fortalece a visão da Igreja e  dá direção ao Seu povo.

Preocupo-me com a nova geração que não tem visto isso nas igrejas. Infelizmente corremos para oração somente quando enfrentamos grandes problemas e deixamos o principal motivo de orarmos de lado, que é o de relaciona-se com Deus.

Philip Yancey, autor que admiro e que me influencia, escreveu: “A principal finalidade da oração não é tornar a vida mais fácil nem conseguir poderes mágicos, mas conhecer a Deus. Preciso de Deus mais que de qualquer outra coisa que possa receber dele” (Oração, ela faz alguma diferença? – Ed. Vida).

Falar da necessidade da oração para o cristão é como falar para um atleta que ele deve se alimentar corretamente. É claro que já ele sabe disso. Só que há uma grande distância entre saber e  praticar.

Espero por um despertamento a respeito desse assunto. Creio que necessitamos urgentemente de atitude para voltarmos aos encontros de oração.

Autoria do texto: Carlos Barabás

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