terça-feira, 2 de abril de 2013

Pingue sem Pongue



Você já tentou jogar pingue-pongue sozinho ou com alguém desinteressado pelo jogo? Muito chato. Desanimador.

Damos o saque, mas não há resposta. A bolinha vai, mas não volta. O outro jogador está totalmente alheio. Não se concentra, deixa a bolinha fugir.

Por mais que você tente fazer uma boa jogada, do outro lado da mesa existe um tonto que não o acompanha.

É bem melhor jogar com alguém que não sabe, mas deseja aprender do que com um adversário que está quase morrendo. Isso irrita, dá nos nervos!

O próprio nome do jogo sugere a dinâmica proposta – pingue- pongue– a bolinha vai  no pingue, mas deve voltar no pongue. Assim as jogadas são feitas e o jogo torna-se dinâmico, disputado e vibrante.

Esse jogo, por incrível que pareça, nos lembra um pouco a vida. Isso mesmo! Quantas vezes estamos realizando algo, mas não vem a resposta do outro lado. Você dá o saque, o pingue, e fica esperando o retorno da bolinha, o pongue, por dias, semanas, meses e até mesmo anos, mas nada acontece. A raquete cria até teia de aranha de tanto esperar.

Onde está o problema? Acredito que é preciso buscar outro companheiro que esteja realmente interessado em jogar para que as jogadas aconteçam à altura da sua expectativa.

Jesus, em seu ministério aqui no mundo, por várias vezes deu o pingue, mas não obteve o pongue.

Em Nazaré, onde fora criado, pingue! No entanto, não deram crédito à Sua mensagem e ao Seu poder. Lá não pôde realizar muitos milagres; nada de pongue.

Os religiosos, que deveriam reconhecer nEle o cumprimento das promessas, falharam. Também nada de pongue.

Jesus lastimou por Jerusalém não tê-lO reconhecido como Messias: "Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Mateus 23.37). Outra vez, nada de pongue.

Isso também aconteceu com os profetas do Antigo Testamento. Levaram a Palavra de Deus ao coração do povo para que se arrependessem – pingue – mas foram desprezados. Sem pongue.

Quantas vezes você e eu temos nos esforçado para cumprir a visão de Deus, mas  obtemos o retorno à altura das nossas expectativas...
Pingue-pongue. Gosto de jogar. Estou disposto a jogar com novos companheiros. Quer jogar? Prepare a sua raquete!

Autoria do texto: Carlos Barabás

Nenhum comentário:

Postar um comentário